Figurino de Natasha, criado por Lessa de Lacerda esteve exposto no Festival do Rio |
Seja na televisão, seja no cinema ou no teatro alguns elementos ajudam a construir a narrativa da história. O figurino é um deles. Através das peças do vestuário podemos aprofundar características dos personagens ao mesmo tempo em que damos indicação do momento histórico no qual a história passa. E se você adora figurinos, o Pavilhão do Festival de Cinema do Rio teve uma preciosa exposição.
Lá estiveram dispostas indumentárias de diversas produções da Rede Globo como O Astro (2011), Vamp (1991), Entre Tapas e Beijos (2011) e Cordel Encantado (2011). As peças expostas mostram o quão trabalhada é a produção tamanha a riqueza dos detalhes e o cuidado com que as peças são feitas. E se você acompanhou e acompanha Vamp uma paradinha no figurino de Natasha, personagem de Cláudia Ohana, vai acalmar sua curiosidade.
Vamp não inovou apenas na narrativa. Seu figurino foi componente fundamental para o sucesso da trama. Para criar o conceito das peças, Lessa de Lacerda há 30 anos na TV Globo, usou os quadrinhos, mais precisamente na série “Os Vingadores” (Marvel Comics) como inspiração e apostou em materiais como veludo, cotton-lycra e vinil para o “dark side” da trama. Materiais recicláveis antecipavam a tendência da sustentabilidade no núcleo circense.
Um bom texto, elenco talentoso e uma direção cuidadosa, além do apelo popular, garantem o sucesso de uma produção. Detalhes como a fotografia e o figurino, garantem um lugar na história. Esse é o caso de Vamp.
Cássia Ferreira Andrade é jornalista especializada em jornalismo cultural.
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