domingo, 4 de setembro de 2011

JORGE FERNANDO SAI DE TRÁS DAS CÂMERAS



Um psiquiatra que brinca de aviãozinho, joga batalha naval e arma quebra-cabeças está deslocando Jorge Fernando, o diretor geral de Vamp, dos bastidores para a frente das câmeras. A partir de amanhã o personagem contribuirá para desvender mais um dos mistérios da novela. O médico vai fazer Jonas (Reginaldo Faria) entrar em contato com a existência de vampiros e vidas passadas através da hipnose e da regressão. Dr. Vicente Pedreira (o nome é em homenagem ao autor teatral Vicente Pereira) terá também corno paciente a bela Natasha (Cláudia Ohana), e revelará à cantora tudo sobre a sua vida anterior.

Mas o personagem é apenas uma das atribuições de Jorginho, como é carinhosamente chamado pelos amigos. Responsável pelo sucesso de Vamp, ele espalha seu toque de Midas em tudo o que faz. Além da comédia global, está dirigindo os ensaios de Angélica, que se apresentará no Imperator, no final de novembro; também dirige o show da amiga Cláudia Raia, que estréia dia 10 de janeiro no Teatro Ginástico e vai dirigir Cláudia Ohana que, assim que terminar a novela, fará turnê pelo Brasil com um show de rock. E tudo isso, no maior bom humor.

"É que eu faço tudo com muito amor", explica Jorginho, que divide o dia em quatro partes: manhã, tarde e noite para trabalhar, e madrugada para descansar, ouvir música e namorar. Ele dorme, no máximo, cinco horas por noite. "O segredo é se dedicar por inteiro. Tenho que estar completo naquilo que estou fazendo, sem pensar nos problemas dos outros trabalhos. Dessa forma, dá certo", revelou.

Nove horas por dia, quatro vezes por semana, Jorginho grava Vamp. "Aprendi a dividir funções. Fábio Sabag, meu mestre, e Carlinhos Manga, o Manguinha, que é o futuro, estão comigo. Sem contar Celimar Brito, o continuísta, figura imprescindível na minha vida", explica.

Para Jorginho, novela é um desafio. "Você tem sempre que estar inventando coisas novas. A cena que um personagem atravessa a parede é sucesso por um tempo, depois, é preciso criar outro efeito, outras brincadeiras, senão o público cansa. Quem vê televisão é exigente. É preciso suprir essa carência de novidades em oito meses de novela. Não é fácil, diz o diretor que, no próximo ano, estará dirigindo uma trama de Sílvio de Abreu (Deus nos Acuda).

Por Thereza Clark
3/11/1991
Jornal O Globo


Assista o Capítulo 105 exibido nesta sexta-feira

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