Um pombal repleto de morcegos, numa fazenda em Guaxupé, Minas Gerais, é a lembrança mais forte que Marcos Frota, que completa hoje 32 anos, tem da vampiragem:
- Eles vinham voando e paravam de cabeça para baixo. Só ia lá acompanhado, pois os morcegos faziam sons bem estridentes e humanos e atacavam os cavalos. Quanto ao Augusto Sérgio, seu grande barato é ser um caçador que morre de medo de vampiros e o seu lado afetivo, que ainda está por fazer.
O fato de ter uma família grande e, portanto, sempre muita gente por perto afastou de Marcos qualquer medo, com uma exceção apenas, para os tais morcegos e para o filme "Drácula", que viu na adolescência:
- As imagens dos caninos crescendo e aquela história de o vampiro ser galante e, ao mesmo tempo, traiçoeiro me deixaram apavorado por uns três dias - conta o ator.
No ar também na reprise de "Cambalacho", em que viveu o trapezista Rique Romano, hoje ele é chamado de "o embaixador do circo" e, nos fins de semana, viaja com seu circo, deixando em casa a torcida da mulher Cibele e dos filhos Amaralina, Apoena e Taynã, além de já se preparar para participar da Rio-92:
- E quando pretendo inaugurar uma fundação do circo, em Campinas. Tornei-me um estudioso e um amante do circo, por ele ser o precursor de muitas artes. Daí o meu orgulho de ser o único artista do Brasil que trabalha simultaneamente na TV, no teatro, no cinema e no circo.
Por Eliane Martins e Marcos Salles
Jornal O Globo
29/9/1991
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