Durante a história do mito, várias formas de morte ou fraquezas foram apregoadas aos vampiros. Sobre a luz do sol já discutimos por aqui, porém outras formas de se matar vampiro não podem ser descartadas.
Teoricamente, vampiros não poderiam atravessar água corrente, mas se assim fosse, seria impensável que eles atravessassem oceanos. Logo, vemos que a mitologia de Vamp tem suas particularidades, já que a própria Natasha (Cláudia Ohana) adora dar seus mergulhos no mar.
São tantas particularidades, que nem mesmo Mrs. Penn Taylor (Vera Holtz) consegue saber todas! Ela achou que alho faria mal aos dentuços, e não teve nenhum sucesso com Gerald (Guilherme Leme) em Portugal. Passou mesmo foi vergonha.
Uma cena que me chamou atenção, sobre essas particularidades, foi quando o artista plástico Ivan (Paulo José) tentou tomar um banho de descarrego e quase morreu queimado!Acredito que os antigos europeus nem mesmo pensavam se seus vampiros poderiam ser mortos por um pai de santo, porém acreditavam piamente que um objeto sagrado poderia fazê-lo. Aliás, não apenas um objeto, mas “algo” sagrado. Água benta é um bom exemplo disso.
Muitas mitologias acreditam que apenas objetos sagradas da religião católica fariam mal a um vampiro, mas Vamp vem na vanguarda e admite que “coisas” sagradas, sejam elas da igreja católica ou não, estão valendo! Como veremos nos próximos capítulos, a descoberta de Pai Gil (Toni Tornado) sobre seu sangue negro que pode salvar a vida do pintor.
VAMP faz uma verdadeira salada de temas místicos e religiosos quando coloca no mesmo barco salvadores de diferentes áreas do sagrado: um pai de santo, um padre, um espírito que vive dando conselhos através de sua médium que é também vidente e até o falso padre Jurandir (Nuno Leal Maia) parece ter uma missão na Baía dos Anjos. Todos ligados por uma só palavra: sagrado.
Achei fantástico esse detalhe! Trazer elementos bem brasileiros para um mito tão antigo. “Curti”.
Por Ana Recalde
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